3 de jul. de 2011

JOVENS X DROGAS

          Jovens X Drogas
               (Um conjunto que não combina)





   O dia_a_dia dos jovens :
  • A maioria dos jovens brasileiros da faixa etária de 16 a 19, estão em uma faze de descobertas e curiosidades, onde querem experimentar de tudo um pouco, ai começa a preocupação dos pais em relação as drogas, pois essa curiosidade pode viras um consumo continuo e ate um vicio irreversível.
    Os adolescentes nessa época começam a sair com os amigos, começam ir para as festinha, churrascos e baladas, que a grande maioria e “regada” de bebidas alcoólicas e drogas, a partir dai eles começam a conhecer diversos tipos de pessoas que usam ou não essas drogas, eles começam a criar vínculos de amizades, e muitas dessas amizades querem se destacar de alguma forma, e o grande erro dos jovens e querer se destacar da forma errada (usando drogas, bebendo e fumando), não pensando nas consequências futuras, que são a agressividade e o caminho sem volta.
    Os jovens começam na bebida alcoílica e vão passando pelos vários paços que ocasionam o vicio do uso de drogas.
    Acredito que a sociedade já tenha notado que o futuro dos jovens brasileiros estão se perdendo antes mesmo que eles façam as suas escolhas, se os governantes desse PAIS não voltar os olhos para essa juventude não sei dizer oque sera do BRASIL daqui uns anos, a juventude esta se perdendo no mundo do álcool e das drogas, e a única saída vai ser investir na educação, no incentivo ao esporte e a outras atividades que tirem os jovens da rua, eles tem que investir da conscientização dessa molecada, pois então infelizmente a realidade do Brasil vai mudar e pra pior, pois os índices de jovens brasileiros no “mundo das drogas” só aumentam ano a ano. Se as autoridades não se tocaram e se mecherem infelizmente esse vai ser o fim da maioria dos jovens, as ruas e usando drogas.



Conheça agora um pouco mais sobre as drogas e seus efeitos:

Introdução
Se no passado a droga estava extremamente ligada à concepção de algo mágico, religioso e médico, atualmente, devido aos excessos consumistas e mercantilistas da sociedade moderna, a droga passou a ser vista como ilegal e imoral.
Bem antes da era cristã, os gregos tratavam com esmero, através de escritores como Esquilo e Sófocles, o sofrimento humano e suas tragédias, ao mesmo tempo em que denunciavam os problemas políticos e sociais da época.
Na idade Medieval havia a ‘cultura da tortura’, onde o sofrer vinha adquirir conotação positiva, por exemplo, nas torturas e execuções públicas.
Em meados de 1973 havia nas universidades brasileiras um certo discurso e prática liberal na questão do uso da maconha, quando essas tiveram os seus centros acadêmicos desativados por força da repressão política. Outros exemplos reforçam a importância dos aspectos político-sociais, como nos Estados Unidos, que durante a guerra do Vietnã deu margem ao incremento consumo de drogas, entre adolescentes. No Líbano, antes da degeneração política e social causada pela guerra, houve denúncias da liberação de drogas como amortecedor à sociedade desfalcada de seus valores vitais.
Considerando o cérebro como milagre da evolução, uma cidade em movimento, tendo como base os neurônios e que fora pensado seu funcionamento inicial por Aristóteles. E atentando que o cérebro é onde ocorre mais gasto de energia para funcionar do que em qualquer outro órgão.
Pensando nisto, realizamos um breve estudo que intitula este artigo: “As reações do corpo antes, durante e depois do consumo de drogas”. Avaliando o sentido da dor para proporcionar prazer ilimitado, até atentando contra a vida. E indagando-nos: Como pode o corpo suportar tanto sofrimento em busca do prazer? Será que a cultura dos tempos medievais estão incorporadas até hoje? Existe mesmo um ódio ao corpo? Enfim, não defendemos a idéia de liberação do consumo de drogas e nem a dicotomia se é bom ou mau ao corpo. No entanto, nada nos impede de analisarmos a questão da droga sob prismas em que pensam as sociedades mais avançadas. A comunidade acadêmica tem o seu dever de oferecer elementos científicos e assim, influir e contribuir para com a sociedade em geral.
Utilizando-se da pesquisa bibliográfica e entrevista semi-estruturada com um ex - dependente químico, iremos delinear nosso texto.

O Corpo

Antes de adentrarmos nas reações do corpo, faz-se necessário uma breve explanação sobre o corpo. Corpo este que de acordo com o autor Battista Modin é distinto em dois elementos: psíquico (alma) e somático (corpo), utilizando a expressão “homo somaticus”; identificando assim a dimensão corpórea do homem.
O corpo é indispensável para possuir a existência, é dotado de um poder de desenvolvimento maravilhoso, pois complementa Modin (1980: 30) “O homem não só é senhor de seu corpo, como também graças a ele torna-se senhor do mundo”.
O corpo é elemento essencial do homem, pois dele serve-se para alimentar-se, reproduzir-se, aprender, comunicar, divertir-se. Pois, é a partir do corpo que o homem é um ser social, é um ser no mundo. Nosso corpo é diretamente envolvido nas boas e más ações, seja nos vícios ou virtudes.
Marcel Mauss (1974) entendia o corpo como primeiro e natural instrumento que se relacionava com os símbolos morais e intelectuais. E conceituou técnicas corporais das maneiras como os homens se servem de seus corpos.
Foi preciso o aparecimento do dualismo cartesiano para surgir a distinção de corpo e alma, o corpo como cadáver e Descartes explícita: “ o corpo não é senão aquilo que sobra da vida de uma alma”. A partir desta afirmação há a redução do corpo a uma coisa, uma máquina, com leis mecânicas calculáveis.
Sendo o corpo pensado como matéria indiferente, suporte da pessoa, na qual a identidade pessoal se dilui. Aparecendo assim como acessório da pessoa, criando uma identidade provisória, identidade esta que com uso de drogas se faz ausente e por muitas vezes transformada. E Le Breton (2003) conclui: “Mudando o corpo, pretende-se mudar a vida”.

Mecanismo geral da dependência

Existe no cérebro, uma área responsável pelo prazer. O prazer, que sentimos ao comer, fazer sexo ou ao expor o corpo ao calor do sol, é integrado numa área cerebral chamada sistema de recompensa. Esse sistema foi relevante para a sobrevivência da espécie. Quando os animais sentiam prazer na atividade sexual, a tendência era repeti-la. Estar abrigado do frio não só dava prazer, mas também protegia a espécie. Desse modo, evolutivamente, criamos essa área de recompensa e é nela que a ação química de diversas drogas interfere. Apesar de cada uma possuir mecanismo de ação e efeitos diferentes, a proposta final é a mesma, não importa se tenha vindo do cigarro, álcool, maconha, cocaína ou heroína. Por isso, só produzem dependência as drogas que de algum modo atuam nessa área. O LSD, por exemplo, embora tenha uma ação perturbadora no sistema nervoso central e altere a forma como a pessoa vê, ouve e sente, não dá prazer e, portanto, não cria dependência. Vários são os motivos que levam à dependência química, mas o final é sempre o mesmo. De alguma maneira, as drogas pervertem o sistema de recompensa. A pessoa passa a dar-lhes preferência quase absoluta, mesmo que isso atrapalhe todo o resto em sua vida. Para quem está de fora fica difícil entender por que o usuário de cocaína ou de crack, com a saúde deteriorada, não abandona a droga. Tal comportamento reflete uma disfunção do cérebro. A atenção do dependente se volta para o prazer imediato propiciado pelo uso da droga, fazendo com que percam significado todas as outras fontes de prazer.

Dependência química

As drogas acionam o sistema de recompensa do cérebro, uma área encarregada de receber estímulos de prazer e transmitir essa sensação para o corpo todo. Isso vale para todos os tipos de prazer - temperatura agradável, emoção gratificante, alimentação, sexo - e desempenha função importante para a preservação da espécie. Evolutivamente o homem criou essa área de recompensa e é nesta que as drogas interferem. Por uma espécie de curto circuito, elas provocam uma ilusão química de prazer que induz a pessoa a repetir seu uso compulsivamente. Com a repetição do consumo, perdem o significado todas as fontes naturais de prazer e só interessa o prazer imediato propiciado pela droga, mesmo que isso comprometa e ameace sua vida.
Segundo Olievenstein (1970) os “tóxicos” ou as “drogas” são substâncias que visam tanto à negação dos sofrimentos como a busca de prazeres. “Trata-se, pois, de uma situação psico afetiva estruturando-se para encontrar um estado almejado que deve funcionar como euforizante das satisfações que o indivíduo não encontra na vida cotidiana”. Na verdade, o dependente está doente. Seu cérebro está doente, pois o seu equilíbrio biológico foi afetado, com a sensação de que não existe outro prazer além da droga.

O Antes, Durante e Depois...

“... antes é a necessidade de querer logo, o organismo pedindo. O antes dá ansiedade, gera a ansiedade (...) o durante é o prazer e o depois é o querer mais, sempre mais. Enquanto eu tô usando já é pensando em comprar mais. Todas as drogas são assim (...) acabou você quer mais... [sic]”. (Ex-dependente químico em entrevista – 20 de agosto de 2005)

A busca do prazer é uma característica positiva do ser humano. No caso das drogas, porém, ao querer superar a própria biologia por um artifício grosseiro, ele acaba se empobrecendo. O desejo de intensificar o prazer ao máximo empurra o homem para uma guerra que poderá, com muito custo, ser vencida.
Ficar longe da droga, quando se está disposto a abandoná-la, faz parte do processo de aprendizado. No exato instante em que a pessoa vê a cocaína, seu cérebro começa a preparar-se para recebê-la e dispara um mecanismo que chamamos de craving ou fissura. Isso vale para qualquer droga. Depois que ficou dependente, é quase impossível alguém ver a droga e resistir ao desejo de usá-la.
O mecanismo de recompensa cerebral é importante para a preservação da espécie e ninguém é contra o prazer. Ao contrário, deveríamos estimular o surgimento de inúmeras fontes de prazer. A dependência química, entretanto, cria uma ilusão de prazer que acaba perturbando outros mecanismos cerebrais. Se fumando um baseado a pessoa relaxa, findo o efeito, a ansiedade ganha força, pois a síndrome de abstinência é imediata. É o chamado efeito rebote.
A cocaína age de forma diferente. O efeito rebote está na impossibilidade de sentir prazer sem a droga. Passada a excitação que ela provoca a pessoa não volta ao normal. Fica deprimida, desanimada. Tudo perde a graça. Como só sente prazer sob a ação da droga, torna-se um usuário crônico. Às vezes, tenta suspender o uso e reassumir as atividades normais, mas nada lhe dá prazer. Parece que, por vingança divina, o cérebro perdeu a capacidade de experimentar outras fontes que não a desse prazer artificial que a droga proporciona. Essa é uma das tragédias a que se expõem os dependentes químicos.

“... o corpo pedindo e num chega, aí gera [um mal-estar] (...) você tosse querendo provocar (...) A agressão contra o meu corpo era usar... [sic]”. Esta era, afirma o entrevistado, a reação do corpo ao ficar na espera por mais consumo de droga. E complementa que no processo de reabilitação, quando a pessoa pára de usar droga, é fundamental ajudá-la a reencontrar fontes de prazer independentes da substância química. Pois, segundo o entrevistado (ex-dependente químico) a luta dele contra o próprio corpo, passou por diversos estágios como: dores de barriga, tremores, vômitos, porres com álcool até por tentativa de suicídio para poder retomar o controle sobre seu organismo, seu corpo. Sente que ficou seqüelas, mas prefere não pensar no assunto.
Segue abaixo uma relação das drogas mais usadas e respectivas reações:
1. Cocaína - Provoca excitação psíquica, e o usuário tem a sensação de que é forte, poderoso, invulnerável, influente e importante, de que pode tudo. Depois de algum tempo de uso, começa a achar que está sendo perseguido e espionado. A cocaína é um poderoso psico-estimulante. Provoca insônia, excitação psico motora constante, acentuada perda de autocrítica e agressividade. Quando injetada ou fumada, as consequências psicológicas são mais acentuadas. A cocaína é uma substância vaso constritora e, frequentemente, causa problemas arteriais e venosos, como tromboses. O mais comum é a necrose de tecidos do septo nasal e do palato, devido a vaso constrição local, formando uma cavidade única no nariz. Às vezes, nariz e boca formam uma só cavidade. A overdose provoca convulsões, coma e morte.
2. Crack - Por atingir o cérebro em questão de segundos, provoca as alterações bioquímicas e os efeitos da cocaína mais rapidamente. O nome "crack" surgiu do som que é produzido quando a pedra de coca está sendo queimada. A cocaína fumável surgiu na Colômbia, no final da década de 70, quando os usuários começaram a fumar o bazuco, isto é, os restos do refino, que contêm substâncias corrosivas, como ácido sulfúrico e acetona. Depois, a pasta de cocaína começou ser fumada misturada com maconha, nos EUA e na Amazônia. Mais tarde começaram a produzir as pedras de crack, um precipitado de cocaína com bicarbonato aquecido em água. A droga é introduzida no organismo através da absorção em toda a mucosa respiratória, fumada com tabaco ou cachimbos improvisados com caneta esferográfica, embalagens de produtos alimentícios, isqueiros de plástico, etc. Ao se fumar uma pedra de crack, a cocaína se volatiliza e entra no organismo sob a forma de vapor, ganhando a circulação sangüínea. Quando a cocaína é introduzida no organismo através da mucosa do nariz, sua absorção se faz por uma superfície de 2 ou 3 centímetros quadrados. Sendo a mucosa do aparelho respiratório muito mais extensa que a mucosa nasal, a absorção é muito rápida e uma grande quantidade de droga atinge o cérebro em questão de segundos, como ocorre no uso por injeção endovenosa, e o usuário fica dependente mais rapidamente. Além disso, são mais frequentes as overdoses. A cocaína fumada, o crack, assim como a injetada, é muito mais potente que a cocaína aspirada, atingindo o máximo em 15 segundos, enquanto a aspirada leva cerca de 15 minutos, além de desaparecer mais rápido, deixando uma forte vontade de usar mais, fazendo com que uma pessoa fique até vários dias seguidos usando a droga. O crack provoca os mesmos danos que a cocaína aspirada, porém, devido ao seu avassalador poder desestruturador da personalidade, age em prazo muito curto e em maior intensidade. Insônia, agitação psicomotora, agressividade, emagrecimento, perda da autocrítica e da moral, dificuldades para estabelecer relações afetivas, psicoses, comportamento excessivamente anti-social marginalidade e prostituição e lesões do trato respiratório.
3. Maconha – Tem efeito relaxante, causando uma sensação de liberdade total. Provoca uma sensação de falsa sabedoria, dando a impressão de que só o usuário e sua turma sabem sobre todas as coisas do mundo. Pode gerar euforia e hilaridade, fazendo com que se ache qualquer coisa engraçada e além de perda do sentido de tempo, despersonalização e pânico. (OMS, 1997). Estudos em animais mostraram alterações morfológicas nas sinapses, além de perda neuronal no hipocampo. É a droga mais desmotivante que existe, e o usuário não consegue assistir às aulas, trabalhar ou levantar da cama, ficando "desencanado". Provoca um déficit na atenção auditiva, isto é, tem-se a impressão de que o usuário ouve, mas não ouve. Comprometem as funções necessárias ao aprendizado, como a percepção, memória, atenção, capacidade de concentração e os processos associativos, com danos sutis à organização e integração de informação complexa. Pode provocar surtos psicóticos e aumento do risco de acidentes. Também provoca diminuição do apetite sexual (que às vezes é substituído pela droga sem que o usuário perceba) e esterilidade temporária. Danos na traquéia e brônquios.
4. Moderadores de apetite - Além do emagrecimento que já é esperado, os usuários têm sensações semelhantes às provocadas pela cocaína: excitação psíquica, euforia, insônia e coragem para enfrentar os obstáculos. Os usuários podem apresentar inquietação, surtos de depressão, angústia e psicoses. Aceleração persistente dos batimentos cardíacos e aumento do volume do coração.
5. Solventes e Inalantes (loló, lança-perfume) - O usuário sente euforia em cerca de 30 minutos, excitação psíquica, aumento da coragem e hilaridade. O uso contínuo pode levar à intoxicação grave, arritmias, morte por parada cardíaca, e sintomas como zumbido nos ouvidos, irritação ocular, visão dupla, espirros, tosse, vômitos, diarreia, lesões neurológicas e queda das condições intelectuais.

Conclusão

Considerando que vivemos em um tempo em que sofrer não faz mais sentido, somos um pouco incapazes de avaliar o sentido da dor. O sofrer vinha adquirir uma conotação positiva, sempre foi por meios culturais, integrando-a ou não a um sistema de significação, que os homens atribuíram sentido à dor, desenvolvendo diferentes ‘artes de sofrer’, que no período medieval já eram absurdas, imaginemos hoje com as drogas! No caso a tortura era garantia de salvação, naquele contexto simbólico, enquanto que com as drogas ocorre por meios de curiosidade humana, divertimento, “prazer mentiroso”, fuga da realidade e findando na destruição do próprio corpo.
No distanciamento entre o corpo e sua dor faz-se um exercício de expansão dos meios técnicos da exploração homem pelo homem. Forçando a tolerância do corpo, por meio de analgésicos, anestésicos, calmantes, estimulantes, fortificantes, enfim, drogas de um modo geral, em vez de modificar as condições de vida.
Confirmamos que o corpo sofre desde tempos antigos, mas atualmente tenta fugir mais do que nunca das dores do mundo, dos problemas do cotidiano e por conta disto tenta a todo custo o prazer que poderá levar o corpo ao óbito. O homem tem direito ao prazer, mas existem formas diferentes de senti-lo sem atentar contra a própria vida.


Ass: Marcus Vinicius Caveiro



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